Informação de que membros da facção criminosa promoveriam ataques contra GMs prejudicou atendimento de três unidades de saúde.
A informação de um suposto ataque que seria realizado por uma organização criminosa contra guardas municipais e policiais militares, anteontem, resultou no fechamento de três unidades de saúde que funcionam 24 horas em Sumaré e contam com a presença de patrulheiros. Foi interrompido o atendimento no CIS (Centro Integrado de Saúde) de Nova Veneza, Pronto-Atendimento do Parque das Nações e no Pronto- Atendimento do Matão.
O fechamento das unidades acabou na delegacia, onde foi registrado um boletim de ocorrência. De acordo com o documento, uma policial militar recebeu uma denúncia dando conta que um PM, que estaria fora de serviço e fazia "bico" em um açougue, seria morto por membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção que age dentro e fora dos presídios. A policial também afirmou que a vítima do ataque poderia ser um guarda municipal. Por essa razão, ela alertou um inspetor da corporação sobre a situação.
Diante da gravidade da denúncia, o inspetor passou nas unidades de saúde, onde havia guardas municipais fazendo a segurança e os alertou sobre o suposto ataque. A Secretaria de Segurança do município determinou, então, que todos os guardas se reunissem na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Macarenko. Com saída dos guardas das três unidades de saúde, médicos e funcionários optaram pelo fechamento por falta de segurança.
Os guardas municipais, a Polícia Militar, secretário de Segurança, Alexandre Carlos da Silva, e de Saúde, José Eduardo Bourroul, foram ao plantão policial, onde registraram boletim de ocorrência. No plantão, houve ainda desentendimento entre Bourroul e o inspetor que alertou os guardas municipais. O titular da pasta acusou o patrulheiro de "provocar pânico na população", segundo consta no boletim de ocorrência.
O comando do 48º Batalhão de Polícia Militar, sediado em Sumaré, foi questionado sobre a denúncia recebida pela policial militar e se reforçaria a segurança das suas unidades, mas afirmou, por intermédio do Serviço de Comunicação Social, que nenhuma providência extra seria tomada, porque não foi confirmada a veracidade da denúncia recebida pela policial. O inspetor que fez o alerta aos demais guardas municipais também foi procurado ontem, mas não atendeu ao celular.
Fonte: Blog Amigos da Guarda Civil.