A formação tipicamente militar das Guardas Municipais trouxe consigo gestos e costumes como a ordem unida e a continência e também introduziu nas forças dos municípios o uso da boina. No caso da Guarda Civil Metropolitana não foi diferente, principalmente devido às sua origens, com fortes ligações ao Exercito Brasileiro.
Muitos argumentam de que o uso desta peça estaria muito ligado à polícia militar e que deveria ser extinto das GM's, essa linha de pensamento até faz sentido, em contrapartida, alcança o quadro da perda de identidade, e gera dúvida sobre a essência das Guardas Municipais, haja vista o histórico de criação da primeira guarda em 1808, uma guarda de caráter civil, porém hierarquizada e constituída sob a estética militar.De fato a boina é comum em polícias de todo o mundo pois está relacionada a toda atividade uniformizada e armada, exercito, PM, GM e até empresas de segurança e escolta.Deve-se destacar que esta indumentaria não pode ser utilizada ao acaso, na Guarda Civil Metropolitana por exemplo, seu uso é restrito às unidades especiais como a Inspetoria de Mediação de Conflitos, Guarda Ambiental e Canil, esta cobertura tornou-se uma tradição desde os tempos da extinta ROMU (foto acima).A Boina Preta nos grupamentos de Elite.A origem da boina preta como cobertura militar característica das Unidades blindadas e mecanizadas remonta à 1ª Guerra Mundial. Naquele conflito surgiu o carro de combate, máquina de guerra desenvolvida pelos ingleses para romper o imobilismo das frentes de combate e retomar a ofensiva, sendo empregado com sucesso durante a guerra e os integrantes da unidade blindada eram considerados a elite do exercito. Uma curiosidade é que a cor preta foi selecionada para a boina a ser utilizada pelas guarnições de blindados, pois mostraria ao mínimo as inevitáveis manchas de graxa e óleo geradas durante o trabalho com os veículos, dando uma melhor apresentação à tropa, hoje a boina preta é utilizada em diversas Forças Armadas como cobertura característica das tropas blindadas e mecanizadas e tornou-se a cor padrão nas boinas dos grupamentos de elite das forças policiais pelo mundo e no Brasil tornou-se um mito por ser o padrão do BOPE da PM-RJ.A boina preta representa uma tradição de quase um século e identifica o combatente que, sempre ao lado da tecnologia, supera os desafios com coragem e determinação, está representada na GCM pela Inspetoria de Mediação de Conflitos e Gerenciamento de Crises.
Quanto aos cuidados, costumes e tradições, o uso do modelo paraquedista é o mais comum, com queda para o lado esquerdo e em hipótese alguma deve ser utilizada em deslocamentos, seu uso se dá apenas após o policial assumir o serviço.Por este motivo apenas os que se voluntariam devem ter a honra de usa-las, pois como é comum o desleixo em maus profissionais e poucos se importariam em seguir os ditames acerca do uso ou não em locais cobertos ou descobertos, ou manter a cobertura devidamente em harmonia com o uniforme o que acaba criando um ambiente de “desuniformidade”, além disso, as boinas não podem ser carregadas com desprezo, penduradas nos ombros, amarradas na cintura, sacudidas como bolsas ou trapos. Portanto o as boinas melhoraram esteticamente a apresentação de uma unidade e só devem ser usadas por aqueles que entendem seu real significado.
Materia extraida do BLOG DA GUARDA CIVIL DE GUARULHOS
COMENTÁRIO DO BLOG
Infelizmente na Guarda Civil Metropolitana, esse modelo de cobertura foi suprimido devido alguns políticos não entenderem e muito menos valorizar a corporação com seus agrupamentos de Elite, e também por alguns oficiais se venderem por migalhas de cargos.
Estava a comentar com alguns Guarda Civis, que uma meia dúzia de oficiais da corporação altamente treinados foram colocados na geladeira, pois para o alto comando ( Na época em questão era oficiais da PM ), não era interessante porque sobre sairia muito bem dentro da corporação e foram colocados na geladeira.
Apenas um, somente um, ainda luta e acredita em seus ideais dentro da Guarda Civil Metropolitana e esse não tem como derrubar pois é assunto de nível mundial que é a questão ambiental, até tentaram desanima-lo. Mais continua fiel a seus preceitos com um grupo de guardas e graduados que se iniciaram no Grupo de Proteção Ambiental mais conhecido como GEPAM.
Esperamos que o novo comando ( Que vem realizando significativas mudanças, colocando oficiais articulados e de historia dentro da instituição nos comandos Operacionais e Inspetorias), e que valorizem ainda mais os seus valorosos guardas.
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