Recentemente Guardas Municipais do Brasil inteiro marcharam em Brasília reivindicando a regulamentação do parágrafo 8º, do artigo 144 da Constituição Brasileira, culminando com a aprovação, na comissão de segurança pública, do PL 1332, que caso seja aprovado definitivamente será uma conquista histórica para as Guardas Municipais.
No caso da Guarda Civil Metropolitana vivemos a dicotomia de não termos o que comemorar. A nossa situação está tão precária que alguns versos do hino nacional são o mais verdadeiro retrato da nossa realidade. Sonhamos intensamente, durante vinte anos por ter um comando de carreira na esperança de que um comandante que usasse o nosso uniforme não fugiria à luta em defesa da instituição.
Porém o que vimos foi um comando que não se posiciona. Não toma nenhuma atitude em defesa da instituição e tem ficado deitado eternamente em berço esplendido alardeando que é uma grande conquista ser o primeiro comandante de carreira da corporação.
A história reservará uma página com tudo o que se passou no período do atual comandante. Os Guardas Civis Metropolitanos, tal como o hino nacional não fogem à luta. Bradamos em frente à prefeitura de São Paulo: “Fora Coronel”, na esperança de conquistar um comando de carreira forte, que nos possibilitasse a liberdade a tanto sonhada.
O sonho se tornou um pesadelo. O comandante de carreira se mostrou pior do que os coronéis, pois é mudo, surdo e cego para os desmandos e desmontes perpetrados pelo secretário. Só sabemos que temos um comandante de carreira quando lemos no diário oficial, portarias de punição para aqueles que gritaram fora coronel permitindo sua chegada ao comando.
É importante lembrarmos vários fatos que marcaram a sua gestão: a omissão na extinção das bases comunitárias, da retirada de autonomia dos chefes das unidades, da falta de concurso de ingresso, da atividade delegada, do rodízio de coletes, da criminalização da doença e da readaptação na corporação, da prática do assédio moral, entre tantas outras coisas.
A maior prova da sua omissão e falta de comprometimento com aqueles que usam o mesmo uniforme é não ter assinado nenhum porte de arma particular em quatro anos como comandante, deixando os seus subordinados à mercê de todas as mazelas. Além de não conceder o porte, ainda usou de toda a sua “coragem” para punir aqueles que se recusaram a ter suas armas confiscadas, mesmo sabendo que era ilegal.
Outro ponto importante de seu comando foi não ter feito nada para sanar o problema crônico de falta de uniforme e ainda por cima fazendo uso da “coragem” que lhe foi peculiar durante o seu comando, puniu os trabalhadores que se recusaram a comprar uniformes para trabalhar. Nos dois casos prejudicou consideravelmente o trabalhador e seus familiares.
São muitas as suas ações ou omissões que tem arrebentado com a corporação e os trabalhadores. Diante da portaria 221, que transforma a GCM em uma empresa de vigilância, não é mais possível ficar calado. Esta portaria é a prova definitiva do desrespeito com que o secretário trata a Guarda Civil Metropolitana. Inadmissível mais ainda é o silêncio vergonhoso e condescendente do comando da Guarda Civil Metropolitana. Senhor comandante tudo tem limite e o nosso se esgotou.
Diante dos fatos elencados talvez o caminho ideal fosse ir às ruas gritar fora comandante ou volta coronel, porém não iremos tomar nenhuma medida insana, pois não se justifica matar a vaca porque tem carrapato. Devemos eliminar o carrapato.
Sr. Comandante.
Faltam 200 dias para acabar este governo. Como o Sr. pretende entrar para a história da corporação? Como alguém que ficou deitado em berço esplendido, que fez turismo pelo mundo e não acrescentou nada de bom aos seus subordinados?
Ou nestes 200 dias erguerá da justiça à clava forte em defesa da corporação e dos trabalhadores. Se fizer isso verás que um filho teu não foge à luta.
Faça a boa história comandante.
GUARDAS CIVIS UNIDOS NA LUTA
Encaminhado
Fernando Coelho da Vera Cruz
Diretor de Assuntos Jurídicos Sindguardas-SP
Coordenador de São Paulo UNGCM
Diretor de Assuntos Jurídicos Sindguardas-SP
Coordenador de São Paulo UNGCM
Comentário do Blog.
Vale a pena lembrar que o Comandante não pode se esquivar de não ter experiência no cargo, pois o mesmo legalmente é Inspetor Chefe Regional efetivo, e não soube durante esses anos todos comandar uma corporação - Como diz a frase da Tropa de Elite " Pede pra sair " - ele deveria ter feito isso há muito tempo, dando assim oportunidade para outras pessoas capacitadas de comandarem a corporação.
Não pode alegar desconhecimento das necessidades da corporação uma vez que em alguns eventos diz que já passou pelas funções de Guarda Civil, Classe Especial, Classe Distinta, Inspetor e Inspetor Chefe Regional. Conhece com clareza todas as funções e necessidades da corporação, e não o fez dignamente, para que pudesse ser lembrado com louvor para futuros argumentos profissionais. Ainda bem que fizeram a Capsula do tempo, só assim veremos o que de fato mudou.
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