O ex-policial militar Florisvaldo de Oliveira, conhecido como Cabo Bruno, de 53 anos, foi executado na noite desta quarta-feira (26), em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba. O crime ocorreu por volta das 23h45 no bairro Quadra Coberta, enquanto ele chegava na casa onde morava, após participar de um culto evangélico na cidade de Aparecida.
Cabo Bruno - acusado de mais de 50 assassinatos na década de 1980 na capital paulista - foi beneficiado pelo indulto pleno para o restante da pena, já que ele era condenado a 120 anos de prisão. Ele havia deixado a prisão, na P2 de Tremembé, no dia 23 de agosto.
De acordo com a Polícia Militar, Florisvaldo estava acompanhado de parentes e quando chegou ao local, na Rua Dr. Álvaro Leme Celidônio, dois homens vieram um de cada lado da via e efetuaram cerca de 20 disparos contra o ex-policial, que morreu na hora. A maior parte dos tiros atingiu o rosto e o abdômen. Nada foi levado e mais ninguém ficou ferido.
Cabo Bruno atuava como pastor evangélico já na prisão. Segundo o tenente da PM, Mario Tonini, os tiros partiram de pistolas calibre ponto 45 e 380. "Foram vários disparos só contra ele e tudo indica que foi uma execução, mas ainda depende da investigação da Polícia Civil.
Os parentes estão abalados e relataram desconhecer os autores dos disparos. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Pindamonhangaba.
Florisvaldo foi morto há pouco mais de um mês de ganhar a liberdade. No último dia 23 de agosto ele deixou a penitenciária Doutor José Augusto César Salgado (P2), em Tremembé, após cumprir 27 anos de prisão. Ele foi beneficiado pelo indulto pleno para o restante da pena, já que ele era condenado a 120 anos de prisão.
Em 2009, o advogado de defesa pediu a progressão da pena - do regime fechado para o semiaberto. Os exames criminológicos apontaram bom comportamento do preso.
Defesa de Cabo Bruno avalia esquema para saída sigilosa Justiça concede liberdade ao Cabo Bruno após 27 anos de prisão Cabo Bruno deixa a P2 de Tremembé depois de 27 anos na cadeia Em 14 de agosto de 2012, o promotor Paulo José de Palma, responsável pelo processo do Cabo Bruno, encaminhou um parecer favorável ao indulto para a decisão final da Vara Criminal.
Junto com o parecer do promotor, baseado em lei que prevê a liberdade definitiva para presos com bom comportamento e com mais de 20 anos de prisão cumpridos, estão documentos com elogios de funcionários e da própria direção da P2 quanto à conduta de Florisvaldo na unidade.
Em agosto, na saída temporária dos presos no Dia dos Pais, o cabo deixou a penitenciária pela primeira vez. A saída foi comemorada por amigos no site de relacionamento da mulher dele, uma cantora evangélica que se casou com Florisvaldo dentro da penitenciária.
Ex-policial militar de São Paulo, Cabo Bruno foi acusado de chefiar um esquadrão da morte que atuava na periferia da capital paulista na década de 1980. Ele foi acusado de mais de 50 assassinatos e estava detido em Tremembé desde 2002, onde atuava como pastor.
Cabo Bruno foi preso pela primeira vez em 1983 e levado para o presídio militar Romão Gomes, na capital. Entre 1983 e 1990, o ex-pm fugiu três vezes da unidade, uma delas inclusive depois de fazer funcionários reféns. Em maio de 1991 foi recapturado pela quarta vez, e nunca mais saiu.
Em junho de 1991 Florisvaldo foi levado para a Casa de Custódia de Taubaté, onde ficou até 1996. Dentro do piranhão da Custódia, unidade onde nasceu uma das principais facções criminosas do Estado, o ex-policial permaneceu os mais de cinco anos em uma cela isolado 24 horas dos demais presos.
Em 1996, Florisvaldo foi levado para o Centro de Observação Criminológica, onde ficou até 2002, quando foi transferido para a P2 de Tremembé. Em 2009 ele passou do pavilhão do regime fechado da P2 para o semiaberto, dentro da mesma unidade, separados apenas por uma muralha.
Em 2012, ele teve o benefício da saída temporária do Dia dos Pais, ganhando o indulto pleno e sendo liberado no dia 23 de agosto.
*ROTA
Via Facebook.
Comentário do Blog
Infelizmente uma perda para a Policia, mesmo ele sendo Ex-PM. Mais sabemos que fez muito bem a sociedade daquela época ( Onde morava na zona sul de São Paulo região de Parelheiros - fez uma limpa na bandidagem ). E a segunda perda é por termos agora ele como uma pessoa de Deus. Que Deus possa confortar a família do Cabo Bruno, que ainda soa como pessoa de índole de respeito entre nós policiais.
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