O Setor de Inteligência da Polícia Militar mapeou 116 integrantes do PCC que moram ou atuam na Zona Leste da capital.
Os criminosos são considerados de alta periculosidade e circulam livremente pela cidade.
Segundo o Ministério Público, os membros da facção criminosa já estiveram presos, mas foram beneficiados por saídas temporárias e não retornaram à prisão.
A cúpula da Polícia Civil também teve acesso ao documento e identificou importantes criminosos na lista. Entre eles estão traficantes, assaltantes, homicidas e sequestradores.
O levantamento feito pela PM foi realizado em junho deste ano, no mês seguinte ao início da onda de violência na qual policiais militares começaram a ser executados. Só neste ano são 90 PMs assassinados.
A periferia da cidade registrou uma explosão de homicídios após as mortes dos policiais. Setembro de 2012 teve aumento de 103% no número de assassinatos registrados em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Ontem, o DIÁRIO revelou o poder de comunicação dos comandantes do PCC. Até oficiais da PM são alvo dos ataques e estão na mira dos criminosos. Apesar de sigilosa, a relação com nomes dos bandidos já circula por e-mail entre policiais civis e militares. O Comando da Polícia Militar foi procurado pela reportagem desde sexta-feira para comentar o conteúdo e o vazamento da lista, mas até o fechamento desta edição não havia se manifestado. A PM também não informou se algum dos 116 foragidos foi recapturado desde a elaboração do relatório.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o secretário estadual da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, negam que o PCC seja uma organização criminosa com força dentro e fora das cadeias. Ferreira Pinto já chegou a afirmar que a facção se resume a 30 homens, todos, segundo ele, presos.
No final da semana passada o Ministério Público pediu a transferência de líderes do PCC para presídios federais sob alegação de que o estado não tem condições de garantir o isolamento dos chefes da facção.
Investigação da Polícia Federal comprovou que três presos comandavam ações ligadas ao tráfico internacional de drogas pelo celular de dentro da cadeia.
Encaminhado por
Ana Paula Mendrone
Diretora de Comunicação
Sindguardas-SP
Ariovaldo dos Santos Buso
Comandante Regional
Inspetoria Regional Casa Verde
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